quinta-feira, 16 de junho de 2011

Para não sofrer eu vou me drogar de outros, eu vou me entupir de elogios, eu vou cheirar outras intenções. Vou encher minha cara de máscaras para não ser meu lado romântico que tanto precisa de um espaço para existir ridiculamente. Não vou permitir ser ridícula, nem uma lágrima sequer, nem um segundo de olhar perdido no horizonte, nem uma nota triste no meu ouvido. Eu sei o quanto vai ser cansativo correr da dor, o quanto vai ser falso ignorar ela sentada no meu peito. Mas vou correr até minha última esquina. Vou burlar cada desesperada súplica do meu coração para que eu pare e sofra um pouquinho, um pouquinho que seja para passar. Suor frio da corrida, sempre com sorriso duro no rosto e o medo de não ser nada daquilo que você me fez sentir que eu era. Muita maquiagem para esconder os buracos de solidão. Muita roupa bonita para esconder a falta de leveza e de certeza do meu caminho.
Não aguento mais essa saudade, essa dor, essa tristeza. Não sei quando isso vai passar, e quando passar, acredite. Eu não vou mais me iludir.

{brbis}
Sou uma menina. Eu exagero. Eu brigo. Eu subestimo. Eu penso sobre tudo. Eu sonho alto. E quando eu digo que amo, eu não estou mentindo.

“Quando você sente saudade demais de uma pessoa, então começa a vê-la nas outras, em todos os lugares, de costas, por um jeito de andar, de sorrir ou virar a cabeça de lado.” 



                                                                  Caio Fernando Abreu.

 

Não sinto raiva, não sinto nada. Sinto saudade, de vez em quando. Quando penso que podia ter sido diferente.







Caio F. Abreu.
Uma saudade dos mil anos que passamos, ou das três semanas. A loucura de gostar tanto pra tão pouco ou simplesmente a loucura de tanto acabar assim. Fora tudo o que guardei de você, me restou a consideração que você guardou por mim. Sua ligação depois, quando me encontra. Sua mão estendida. Sua lamentação pela vida como ela é. Sua gentileza disfarçada de vergonha por não gostar mais de mim. A maneira que você tem de pedir perdão por ser mais um cara que parte assim que rouba um coração. Você é o mocinho que se desculpa pelo próprio bandido. Finjo que aceito suas considerações mas é apenas pra ter novamente o segundo. Como o segundo do meu nariz na sua nuca quando consigo, por um segundo, te abraçar sem dor. O segundo do seu nome na tela do meu celular. O segundo da sua voz do outro lado como se fosse possível começar tudo de novo e eu charmosa e você me fazendo rir e tudo o que poderia ser. O segundo em que suspiro e digo alô e sinto o cheiro da sua sala. Então aceito a sua enorme consideração pequena, responsável, curta, cortante. Aceito você de longe. Aceito suas costas indo. Aceito o último cacho virando a esquina. O último fio preso no pé da minha cama. Não é que aceito. Quem gosta assim não come migalhas porque é melhor do que nada, come porque as migalhas já constituem o nó que ficou na garganta. Seus pedaços estão colados na gosma entalada de tudo o que acabou em todas as instâncias menos nos meus suspiros. Não se digere amor, não se cospe amor, amor é o engasgo que a gente disfarça sorrindo de dor. Aceito sua consideração de carinho no topo da minha cabeça, seu dedilhar de dedos nos meus ombros, seu tchauzinho do bem partindo para algo que não me leva junto e nunca mais levará, seu beijinho profundo de perdão pela falta de profundidade. Aceito apenas porque toda a lama, toda a raiva, todo o nojo e toda a indignação se calam para ver você passar.

Tati Bernardi

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Eu digo minhas preces, e eu sei que ele as escuta. Eu peço para ele me guiar, e eu sinto a direção. Eu leio a sua palavra, e eu ganho sabedoria. Eu me machuco, e ele me conforta. Eu não posso vê-lo. Eu não posso ouvi-lo. Não posso tocá-lo com as minhas mãos. Eu não posso provar a você. Mas eu sei que ele é real. Eu sei que ele me ama. E eu sei que ele pode fazer qualquer coisa. Ele foi e sempre será. Meu pai. Meu amigo. Meu parceiro. Meu criador. Meu Deus.






                                                                           {brbis}

Tô em um relacionamento comigo mesmo desde que nasci, tenho que me valorizar né.





Vinícius Kretek








Talvez eu não chore, mas dói. Talvez eu não diga, mas eu sinto. Talvez eu não mostre, mas me importo.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sobrevivo com vontade de viver. Vivo com sede de voar. Vôo com medo de cair. Caio sem ter onde me apoiar. Me apoio sob o vento sem destino. Sem destino ando a vagar. Vago sem pensar no amanhã.
Tarde demais, o amanhã já chegou.
(Letícia Nogara)
Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém. Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem. Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem. Tô me dedicando de verdade pra agradar um outro alguém. Tô trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também. Ultimamente eu só tô querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem. Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem? Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém. Queira viver, viver melhor, viver sorrindo e até os cem. Tô feliz, to despreocupado, com a vida eu to de bem.

                                                       (Caio F.)
                                                
Sem amor somos pássaros com asas quebradas.